Coordenador do Setorial Indígena de MS é nomeado para a Equipe de Transição do Governo Lula
Dionédison Terena, agora é membro do GT dos Povos Originários na construção do Ministério dos Povos Indígenas de Transição do Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Coordenador do Setorial de Assuntos Indígenas do PT/MS, Dionédison Terena, agora é membro do GT dos Povos Originários na construção do Ministério dos Povos Indígenas de Transição do Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O militante indígena nasceu na aldeia Bananal, município de Aquidauana, MS e é membro do Setorial Nacional de Assuntos Indígenas do PT e liderança do povo Terena. Seu nome foi oficializado na portaria publicada no dia 1 de dezembro.
“Eu recebi a notícia com muita satisfação que estarei integrando, mas, evidentemente, houve articulação em torno desse processo para meu nome seja oficializado na equipe de Transição do Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Quero ressaltar meu reconhecimento apoio que recebi do PT Nacional, do Setorial Nacional dos Povos Indígenas, PT/MS, e da bancada federal e estadual do PT em especial do Deputado Vander e Zeca do PT”, afirmou a liderança.
Nesse momento é inegável a importância da criação do Ministério Indígena como ferramenta fundamental para a luta em executar políticas públicas para população indígena do Brasil. Uma medida que afeta diretamente Mato Grosso do Sul, já que o Estado concentra a segunda maior população indígena brasileira.
Para o representante do Setorial Indígena de MS existem muitos desafios e a busca está em levar as demandas do Estado e apresentar para equipe de transição que agora faz parte. Uma das questões levadas por Dionédison a Brasília é a restruturação da SESAI. O órgão vem enfrentando dificuldades principalmente nos 4 anos do governo Bolsonaro. “Nosso estado tem a segunda maior população indígena e temos apenas 1 DSEI. E o nosso estado precisa pelo 2 DSEI um na região Sul (AMAMBAI) e outro na região Sudeste (Aquidauana). Criar programas de construção de poços artesianos e rede de água nas aldeias. FUNAI, está totalmente sucateada sem orçamento para atender demandas das aldeias indígenas de MS, trazer de volta as CTLs (Coordenação Técnica Local) nas Terras Indígenas.”, ressalta o militante.
Outro objetivo, que já é uma luta antiga da militância indígena em Mato Grosso do Sul é fomentar a discussão da necessidade da demarcação e viabilizar por meio de políticas públicas. Buscar fundos para regularização fundiária de Terras Indígenas (Demarcar e homologar as Terras indígenas), apoio a preservação de Meio Ambiente, fomentar turismo nas aldeias que possibilitará geração de renda, ou seja, criar programas de sustentabilidade nas aldeias indígenas. Implementação de políticas pública específicas para juventudes, mulheres, educação escolar indígena, segurança alimentar.
E também a implementação de política para povos indígena que vivem em contexto urbano que atualmente não são atendidos e reconhecidos pela SESAI e FUNAI. Ao integrar a equipe de transição Dionédison leva para Brasília demandas especificas dos povos originários de Mato Grosso do Sul.